C A T Á L A G O



COREOGRAFIA DE DANADOS
WHISNER FRAGA
Contos

ISBN: 9788562226137
Formato: 14 X 21 cm
Páginas: 112
Ano: 2012
Peso: 145 gr
Projeto gráfico: Alonso Alvarez
Capa: Laminação fosca

:: 2ª EDIÇÃO - REVISTA E ATUALIZADA
     Capa
PREÇO DE CAPA:

versão papel: R$ 24,90

versão digital/e-book: R$ 14,90

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IMAGENS DA CAPA: FRENTE | 4ª CAPA | ABERTA
SOBRE O AUTOR

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Manoel de Barros

"Linguagem renovadora, um artista vigilante para o lado dos milagres estéticos."

Moacyr Scliar

"Faço minhas as palavras do Deonísio, seus contos são motivo de celebração. Você é um belo narrador!"

Malcolm Silverman

"Li Coreografia de danados e achei formidável."

ocê está abrindo um bom livro. É estreia e é de primeira qualidade. O autor tem café no bule, isto é, tem o que dizer e sabe como fazê-lo. Quem não tiver tempo de ler de cabo a rabo este livro, vá ao conto “Vila Pureza” e leia a história da universitária que é também garota de programa. Mas leia toda a narrativa, do começo ao fim. Duvido, depois disso, de que não queira ler os outros contos.

Nossas letras vivem a fase mais exuberante de sua história. Infelizmente, porém, a mortalidade infantil grassa também entre os livros nascituros. Não deixe este livro sem leitores. Com efeito, enquanto alguns universitários, inclusive de Letras, passam longe de bibliotecas e livrarias, um deles vai bem mais longe e, além de ler, começa a escrever. Vários deles vêm fazendo percurso semelhante. Em resumo, há vida inteligente na universidade e fora dela. E há também quem tenha sensibilidade para captar os sutis dilemas da moçada, suas perdas, descaminhos e atrapalhos, expressando-os com ousadia.

“Vila Pureza” narra as peripécias de uma menina que pode estar bem mais próxima do que pensamos. Abandonada, faz o seu caminho utilizando o sexo como forma de ascensão social e escape da vida que lhe foi destinada por condição social e biografia. Lembra a Lúcia McCartney do livro homônimo de Rubem Fonseca. Aliás, é o autor que mais tem influenciado os inéditos que me chegam às mãos. Consciente ou inconscientemente, o autor que ficou mais tempo proibido nos anos pós-1964 com o seu Feliz Ano Novo é quem mais tem mexido na dieta de leitura daqueles que juntam ao gosto de ler o raro deleite de também escrever.

Prefácio é para dizer poucas palavras, quase dispensáveis. Como disse Cervantes, “cada um é como Deus o fez, mas alguns são ainda piores.” Whisner Fraga, como outros bons escritores, surge com as mãos sujas. Meteu-se a revelar a face escura da condição humana, envolta em tantos sutis disfarces.

O fato de o autor ser meu aluno é mais um doce maná a cair do céu nesses anos em que atravessamos o deserto brasileiro em busca da terra prometida, onde não haverá analfabetismo e todos poderão comprar livros como se adquire o pão nas padarias.

Surge um escritor! Vamos celebrar!
(Prefácio à primeira edição)
Deonísio da Silva


 
QUEM NÃO TIVER TEMPO DE LER DE CABO A RABO ESTE LIVRO, VÁ AO CONTO "VILA PUREZA" E LEIA A HISTÓRIA DA UNIVERSITÁRIA QUE É TAMBÉM GAROTA DE PROGRAMA. MAS LEIA TODA A NARRATIVA, DO COMEÇO AO FIM. DUVIDO, DEPOIS DISSO, DE QUE NÃO QUEIRA LER OS OUTROS CONTOS
 

Artur da Távola

"O livro, em linguagem escorreita e precisa – econômica em figuras – revela um estilo contemporâneo e ágil."

Ronaldo Cagiano

"Os personagens de Coreografia de danados situam-se no patamar da solidão e da angústia, quase no limiar da loucura."

Manoel Hygino dos Santos

"Cada história tem seus personagens independentes, seu enredo, mas todos despertam a mesma vontade de o leitor passar à seguinte."

Carlos Herculano Lopes

"Você está escrevendo cada vez melhor, com mais segurança e apuro."

ste livro só foi publicado porque, em 2001, venceu um concurso promovido pela Edições Galo Branco e o prêmio consistia na publicação da obra vencedora, sem nenhum custo para o autor. Naquela época, as pequenas editoras adotavam uma estratégia para sobreviver: as edições em parceria, em que os custos da produção do livro eram divididos com o escritor. Mesmo assim, não era para qualquer um, não era para mim, pelo menos – ainda ficava caro pagar metade de uma tiragem de quinhentos exemplares. Então, esta antologia de contos, que estava pronta desde 1999, teve de esperar mais algum tempo para conseguir alguns leitores.

Alertaram-me várias vezes sobre a pressa para publicar. Que um autor consciente aguardaria a hora certa. Todavia, naquele início de século, ainda não haviam divulgado um manual que me ensinasse a reconhecer este momento. E como Borges alertava para o perigo de ficarmos revisando indefinidamente uma única obra, resolvi correr o risco.

Ao receber a prova, não fiquei muito satisfeito com o que li. Solicitei ao meu primeiro editor, Waldir Ribeiro do Val, profissional experiente do ramo, que aumentasse o tamanho das fontes, escolhesse um papel mais encorpado para o miolo e para a capa, porque dali poderia surgir algum prêmio. Inocência de escritor iniciante, porque com uma editora daquele porte e sem um bom apadrinhamento, não se ganha nada de calibre na literatura brasileira. Julgava que um prefácio de peso daria conta do recado, mas não era bem assim. Deonísio até que fez milagres, me presenteando com uma bela introdução, mas a literatura sempre quer mais.

O lançamento da obra aconteceria em uma conceituada livraria no Leblon, no Rio de Janeiro, e eu já me via alçado ao estrelato. Quando eu e Waldir fomos à gráfica buscar alguns exemplares para a noite de autógrafos, qual foi nossa surpresa ao vermos que a resolução da figura da capa não estava lá essas maravilhas, que esqueceram de imprimir a página da ficha catalográfica, as linhas de alguns contos se encavalavam e assim por diante. Uma tragédia. A ideia era recolher os exemplares e abortar a venda nas livrarias. Entretanto, não foi preciso, a tiragem era pequena e não traria maiores danos à editora.

Este edição, contudo, ficou atravessada na minha garganta durante dez anos – eu sabia que algumas histórias ali eram boas, que honravam o papel no qual foram impressas e que mereciam, portanto, uma segunda chance. Em janeiro de 2011, em vez de viajar e curtir as férias, resolvi me isolar para uma tarefa angustiante: reescrever Coreografia dos danados. Porque eu não havia aberto mais o livro desde a noite de lançamento, em 2002 e antevia o sofrimento que enfrentaria ao me deparar novamente com aqueles defeitos.

Não seria simplesmente mudar algumas palavras, passar a limpo umas frases e encadernar o resultado em uma nova capa. Eu desejava mais. De modo que o livro foi realmente reescrito. Alguns contos foram eliminados, por dois motivos. Narrativas como “A meia cidade de um homem (ou meio homem de algum canto)” e a premiada “Feitiço de Áquila” vêm sendo reescritas desde que foram criadas suas primeiras versões e lançadas em outras antologias, jornais e revistas literárias. Já os contos “A espera”, “Linha de frente”, “Esperança”, “A única novidade é o sol” foram eliminados, porque não se encaixam na nova proposta desta segunda edição: não têm, a priori, uma história definida. São textos psicológicos, que se preocupam mais com a linguagem. Se alguém tiver interesse em conhecê-los, terão de recorrer à primeira edição. Três contos inéditos foram adicionados: “Safári”, “Fome” e “A carta”.

Finalmente, me perguntavam de onde tirara o título. A página com os versos de Augusto dos Anjos, de onde o copiei, também havia se perdido no livro de 2001 e aqui ela retorna ao seu lugar de direito. Para reverenciar devidamente a memória do poeta paraibano, troco o “dos” por “de” e este livro deixa de se chamar Coreografia dos danados para se tornar Coreografia de danados. Espero que gostem do resultado.

Prefácio à segunda edição
Whisner Fraga



Whisner Fraga nasceu em Ituiutaba, no interior mineiro, em 1971. É engenheiro mecânico e professor. Participou de inúmeras antologias literárias, frutos de premiações em concursos literários. Tem contos publicados na Revista E, do SESC, na Cult, na revista Conhecimento Prático Literatura, no periódico norte-americano Brazzil e no jornal Correio Braziliense. Seu livro A cidade devolvida foi destaque da revista Bravo!, na época de seu lançamento. Escreveu resenhas literárias para o Jornal do Brasil, Estado de Minas e Rascunho. Foi crítico literário do site Leia Livro, apoiado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Seu romance As espirais de outubro foi finalista do I Prêmio SESC de Literatura e premiado pela União Brasileira de Escritores – RJ em 2004. Venceu também o PAC, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, e foi editado pela Nankin Editorial, em 2007. Abismo poente foi vencedor do ProAC 2008. Foi vencedor do concurso Luiz Vilela, um dos prêmios literários mais disputados do país, em 2007. Participou das antologias Os cem menores contos brasileiros do século, de Marcelino Freire, Primos, organizada por Tatiana Salem Levy e Adriana Armony e Geração zero zero, de Nelson de Oliveira. Segundo Oliveira, participaram da “zero zero” os vinte e um melhores autores brasileiros surgidos no século XXI.

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