C A T Á L A G O



Paul Valéry: a Serpente e o Pensar

Augusto de Campos

Ensaio/Poesia

ISBN: 9788562226021
Formato: 14 X 21 cm
Páginas: 120 (Com fac-símiles)
Projeto gráfico: Augusto de Campos
Ano: 2011
Peso: 200 gr


ESGOTADO!


IMAGENS DA CAPA: FRENTE | 4ª CAPA | ABERTA
SOBRE O AUTOR



Paul Valéry - pensamentos



Matéria FOLHA

Matéria na Ilustrada/FOLHA
Marcio Aquiles - 10/12/2011

Matéria no BOL NOTÍCIAS




Iniciado em 1916 e publicado pela primeira vez em 1921, o poema Esboço de uma Serpente, de Paul Valéry, impressionou vivamente escritores do porte de Joyce e Eliot.
Na poética de Valéry a Serpente é o símbolo do pensar.
Os Cadernos, escritos num período de 50 anos, entre 1894 e 1945, constituem uma constelação magnífica de seus pensamentos em linguagem aforismática.

Os textos aqui reunidos, a tradução do poema Esboço de uma Serpente e os fragmentos dos Cadernos, querem montar um ideograma do universo mental de Paul Valéry – do poeta-pensador ao pensador-poeta.
.
A Serpente que morde a própria cauda (”Eu mordo aquilo que posso”) é o tema do extraordinário escritor francês que, no dizer de Borges, “personifica os labirintos do espírito”.


Reprodução

SINOPSE



RIGOR E FANTASIA (ACASO)

ISTO ME IMPRESSIONA, HÁ 40 ANOS - QUE AS ESPECULAÇÕES FEITAS COM RIGOR CONDUZAM A MAIS ESTRANHEZAS E PERSPECTIVAS POSSÍVEIS E INESPERADAS QUE A FANTASIA LIVRE - QUE A OBRIGAÇÃO DE COORDENAR SEJA MAIS PRODUTORA DE SURPRESA QUE O ACASO.
(PV)



7
Serpoema - Augusto de Campos
9
A serpente e o pensar (introdução)
15
Esboço de um esboço
25
Ébauche d’un serpent - Paul Valéry
59
Valéry: eu mordo o que posso
71
Dos Cadernos de Valéry
93
Penser : Serpent
107
Informação bibliográfica
109
Alguns dados sobre Valéry
113
Nota sobre as ilustrações
115
Obras do autor

SUMÁRIO

Inês Marcel


NOS LIVROS, COMO NOS PRATOS, SÓ GOSTO DO QUE É MAGRO.
(PV)


“Entendo que o conhecimento da biografia dos poetas é um conhecimento inútil, se não for nocivo, para o uso que se deve fazer de suas obras e que consiste seja na fruição, seja nos ensinamentos e nos problemas da arte que delas extraímos.”
(Paul Valéry, Villon et Verlaine, 1937)




Paul Valéry nasceu em Sète, ao sul da França, em 1871, e morreu em Paris, em 1945. O pai era corso, a mãe de origem genovesa.
A partir de 1889 começa a publicar seus poemas em revistas, a princípio sob a influência de Baudelaire e logo sob a de Poe e Mallarmé, que iria se tornar para ele o mestre absoluto, “a extrema pureza da fé em matéria de poesia”. No âmbito não-literário, estuda Direito e se interessa pela matemática.

Em 1890 corresponde-se com Mallarmé, a quem é apresentado no ano seguinte. Em 1892, em Gênova, ocorre-lhe a grande crise intelectual: aos 21 anos, decide renunciar à poesia e aprofundar seus conhecimentos científicos. Transfere-se para Paris em 1894. Frequenta as “terças-feiras” da casa de Mallarmé e inicia as reflexões que anotará, de madrugada, diariamente, durante 50 anos, e que constituirão os 261 Cahiers, dos quais só divulgará alguns extratos durante a vida.

Entre 1895 e 1897, publica, em prosa, Intro-duction à la Méthode de Léonard da Vinci, La Soirée de Monsieur Teste e La Conquête Allemande. Só voltará ao verso, após 20 anos de abstenção, com La Jeune Parque, poema longo, publicado em 1917. Seguir-se-ão Album de Vers Anciens, em 1920, compendiando os antigos poemas escritos até 1893, e mais dois poemas extensos. Le Cimitière Marin (1920) e Ébauche d’un Serpent (1921). E finalmente Charmes (1922), cerca de uma vintena de poemas, incluindo os dois últimos. Aí está toda a sua poesia, salvo textos esparsos, alguns deles disseminados nos seus Cahiers.

Continua a escrever, em amplo espectro, sobre arte e poesia, ciência e cultura. Além dos já nomeados, destacam-se dentre os seus numerosos ensaios: Eupalinos ou l’Architecte, seguido de L’Ame et la Danse (1923), os cinco volumes de Varieté (1924 a 1944), Pièces sur l’Art (1931), Regards sur le Monde Actuel (1931), L’Idée Fixe (1932), Degas, Danse, Dessin (1938), Mélange (1941), Tel Quel I e II (1941 e 1943), Mauvaises Pensées et Autres (1942). Dentre as publicações póstumas: Traduction en Vers des “Bucoliques” de Virgile (1956).

A Bibliothèque de la Pléiade, da Gallimard, editou as obras completas, Œuvres (2 v., 1957 e 1960). É também responsável pela edição crítica, em dois volumes, dos Cahiers, com textos organizados e anotados por Judith Robin (1973-1974). A edição completa, fac-similada, desses cadernos – de que apareceram excertos em livros como Mélange, Tel quel, Mauvaises pensées et autres – foi publicada pelo Centre National de la Recherche Scientifique, em 29 volumes, de 1957 a 1961.


ALGUNS DADOS SOBRE VALÉRY


... SÃO AS MINHAS IMPOSSIBILIDADES QUE ME EXCITAM.
(PV)


Mini-auto-bio-bibliografia

AUGUSTO DE CAMPOS (n. 1931).
Poeta, ensaísta e tradutor.
Sua obra poética está compendiada
principalmente em VIVA VAIA (1949-1979),
DESPOESIA (1994) e NÃO (2003).
Numerosos livros de "tradução-arte":
de VERSO REVERSO CONTROVERSO (1978) a
BYRON E KEATS: ENTREVERSOS (2009)


O autor no:

Site oficial


O AUTOR/TRADUTOR